Quando Odete Roitman, interpretada por Débora Bloch na novela Vale Tudo, foi encontrada sem vida no quarto de hotel na manhã de 7 de outubro de 2025, o Brasil inteiro ficou colado na tela. O capítulo, que marca o ponto alto do remake, revelou que a empresária bilionária foi assassinada logo depois de receber um visitante em sua suíte no dia anterior.
O que aconteceu nos capítulos 163 e 164?
No episódio 163, exibido na segunda‑feira, 6 de outubro, Raquel confessa a Ivan (Antônio Fagundes) que teme que Maria de Fátima (Bella Campos) venha a atacar Odete. Enquanto isso, Celina (Malu Galli) se preocupa com o sumiço de Heleninha (Paolla Oliveira). Odete ainda dá últimas instruções a Consuêlo antes de viajar e, surpresa, descobre que Maria de Fátima está viva.
O suspense aumenta quando Marco Aurélio (Alexandre Nero), Maria de Fátima e César (Cauã Reymond) tramam algo contra Odete. O capítulo termina com a vilã recebendo um visitante inesperado em sua suíte de hotel.
No dia seguinte, capítulo 164, a câmera encontra o corpo de Odete no mesmo quarto. Raquel e Ivan apontam imediatamente a culpa para Maria de Fátima. Freitas recebe uma ligação que confirma a tragédia, e Afonso (Humberto Carrão) e Heleninha sugerem que Marco Aurélio assuma a presidência da TCA.
Depois de analisar as imagens das câmeras de segurança, o delegado Mauro identifica os principais suspeitos: César, Maria de Fátima, Marco Aurélio, Leila (Carolina Dieckmann) e Heleninha. O mistério, porém, ganha um tempero extra: a autora do remake, Manuela Dias, já garantiu que Leila não será a assassina desta vez, ao contrário do que aconteceu na versão original de 1988.
Um retorno ao clássico: o que mudou?
Na novela original, a identidade do assassino de Odete foi mantida em segredo até o último minuto – os atores só receberam o roteiro no dia da gravação, 6 de janeiro de 1988, dentro do estúdio da Globo, então no Jardim Botânico. Foram cinco versões diferentes, com suspeitos variando a cada tentativa, até que a ex‑esposa de Ivan, Leila (Cassia Kiss), acabou revelada como a culpada.
Para o público de 2025, Manuela Dias decidiu romper com esse padrão. Ela prometeu “surpreender” os telespectadores, e já afirmou que a verdade será revelada de forma mais lenta, com depoimentos, perícias e até mesmo um possível sequestro que virá nos próximos episódios. Além disso, a trama trouxe à tona um segredo de família: o filho de Odete, Leonardo (Guilherme Magon), que vive em estado vegetativo, finalmente será mostrado ao público, alimentando ainda mais a crise da empresária.
Os principais suspeitos: quem tem mais motivos?
- César – marido da vilã, interessado em herdar a fortuna e pronto a eliminar quem atrapalhe a viagem à Europa.
- Maria de Fátima – jovem ambiciosa que, segundo Raquel, planejava armar contra Odete para subir na hierarquia da TCA.
- Marco Aurélio – executivo poderoso, considerado o substituto ideal para a presidência, mas que talvez queira acelerar o processo.
- Leila – ex‑esposa de Ivan, cujo passado sombrio já envolveu crimes, embora a autora tenha descartado sua participação desta vez.
- Heleninha – funcionária fiel, mas que foi vista na mesma escada que a vítima na noite do crime.
O delegado Mauro abriu um inquérito formal e, a partir de hoje, os depoimentos serão transmitidos ao vivo nos próximos capítulos, permitindo que o público acompanhe a investigação passo a passo.
Impacto na audiência e nas redes sociais
Desde o teaser de 7 de outubro, as hashtags #MorteDeOdete e #ValeTudo2025 explodiram no Twitter e no Instagram. Em menos de duas horas, o pico de audiência superou 22,5 pontos no Ibope, colocando a novela na liderança do horário nobre nas capitais. Comentários de fãs revelam que a expectativa era alta, principalmente por causa do “twist” anunciado pela própria Manuela Dias em entrevista ao Jornal da Globo no dia 3 de outubro.
Especialistas em mídia, como a professora de comunicação da USP, Ana Lúcia Salgado, analisam que a estratégia de misturar nostalgia (referência ao clássico de 1988) com inovação (investigação policial ao vivo) é justamente o que tem mantido a novela relevante em um cenário de streaming.
O que vem a seguir? Próximos capítulos
O episódio 165, datado de 8 de outubro, traz o funeral de Odete, um momento emotivo que promete revelar mais pistas: objetos pessoais deixados no caixão, declarações de quem esteve ao seu lado nos últimos dias e, sobretudo, a reação de Marco Aurélio ao assumir a presidência da TCA.
Manuela Dias prometeu que, a partir da quarta‑feira, a trama terá “uma nova camada de suspense”, com a entrada de um personagem internacional que pode ser o verdadeiro executor do crime. Além disso, a revelação do destino de Leonardo – que poderia ser curado ou permanecer em coma – será decisiva para definir o futuro da empresa familiar.
Para quem ainda não acompanha, o próximo capítulo será transmitido às 21h na Globo, e o replay ficará disponível na Globoplay até o fim da semana.
Perguntas Frequentes
Quem pode ser realmente o assassino de Odete Roitman?
Até o momento, o delegado Mauro apontou cinco suspeitos – César, Maria de Fátima, Marco Aurélio, Leila e Heleninha – mas a autora Manuela Dias já descartou Leila. As investigações nas próximas semanas podem revelar um cúmplice inesperado ou até mesmo um assassino fora da lista inicial.
Como o remake de Vale Tudo difere da versão de 1988?
Além da atualização tecnológica e de personagens, o remake traz um enredo mais aprofundado, com investigação policial ao vivo e um segredo familiar envolvendo o filho de Odete. A identidade do assassino também será revelada de forma gradual, ao contrário da única revelação final da versão original.
Qual a importância do segredo sobre Leonardo na trama?
Leonardo, filho de Odete, está em estado vegetativo e sua existência foi mantida em segredo até agora. Esse detalhe acrescenta uma camada emocional à vilã, explicando parte de suas decisões e gerando conflito interno que pode influenciar o desfecho da história.
Quando o delegado Mauro iniciará os depoimentos?
Os depoimentos começarão a ser transmitidos a partir do capítulo de 8 de outubro, durante o funeral de Odete, permitindo que o público acompanhe cada passo da investigação em tempo real.
Qual será o próximo grande giro na trama?
Manuela Dias revelou que um personagem internacional, ainda não apresentado, entrará em cena para colocar em xeque o novo presidente da TCA, Marco Aurélio, podendo ser o responsável final pelo assassinato.
Bruna Matos
outubro 1, 2025 AT 19:00O massacre de Odete Roitman não foi apenas um golpe de cena, foi um verdadeiro terremoto narrativo que sacudiu a estrutura da telenovela brasileira. A produção ousou demolir o paradigma clássico ao colocar um assassinato direto no coração da trama, trazendo uma carga de suspense que faz ecoar a própria lógica da dramaturgia. Essa estratégia, que chamo de “implosão de arquétipos”, redefine o antagonismo ao transformar a vilã em mártir de um crime institucionalizado. O uso de câmeras de segurança e a intervenção do delegado Mauro são peças de um xadrez metafórico onde cada movimento revela a mão de um mestre de cerimônias. O fato de a autora Manuela Dias ter descartado Leila como assassina demonstra uma ruptura intencional com o legado da versão de 1988, sinalizando que a nova narrativa não tem medo de subverter expectativas. Contudo, o verdadeiro ponto de inflexão surge ao introduzir o filho vegetativo de Odete, Leonardo, como um vetor simbólico de vulnerabilidade corporativa. Essa adição traz à tona a lógica de poder que se alimenta de fraquezas familiares, um tema que reverbera nos corredores das grandes corporações brasileiras. Ao colocar César, Maria de Fátima, Marco Aurélio, Leila e Heleninha como suspeitos, a trama cria um falso dilema de culpabilidade que serve como um teste de lealdade ao público. O discurso nacionalista que permeia a cobertura midiática, destacando a “sangue brasileiro” nos índices de audiência, revela um discurso de identidade cultural que se alimenta do drama televisivo. As hashtags #MorteDeOdete e #ValeTudo2025 são mais que simples trending topics; elas são laboratórios de construção de memória coletiva. A estratégia de misturar nostalgia com inovação tecnológica reflete uma tendência de convergência de mídias que a academia ainda está tentando decifrar. A narrativa ao vivo dos depoimentos do delegado Mauro cria um loop de interatividade que transforma o telespectador em co-investigador. Essa interatividade, porém, pode gerar uma sobrecarga cognitiva que desfoca a experiência emocional em favor de um entretenimento investigativo. Ainda assim, a decisão de revelar pistas lentamente – como objetos no caixão ou declarações de Marco Aurélio – demonstra um controle de ritmo que atinge o ápice da tensão dramática. Em síntese, vale reconhecer que o assassinato de Odete não é apenas um ponto de virada da história, mas sim uma aula prática de como a linguagem televisiva pode manipular emoções, poder e identidade nacional. Portanto, o que se prescinde é apenas quem puxou o gatilho, porque o verdadeiro tiro foi disparado nos alicerces da própria ficção.
Fred docearquitetura
outubro 7, 2025 AT 19:27Reconheço a intensidade do seu discurso, porém, vale lembrar que a trama não vive só de explosões de sentimento; ela se sustenta em roteiro bem estruturado, e quem realmente está no comando são os escritores que arriscam cada golpe narrativo.
Maysa Horita
outubro 13, 2025 AT 19:53Gente, fico feliz de ver como a novela conseguiu unir nostalgia dos fãs da versão original com elementos modernos de investigação ao vivo. Essa mistura cria uma energia que prende a gente na frente da TV, sem precisar de truques exagerados. Também acho legal que o personagem internacional vai aparecer, trazendo uma pitada de globalização à trama. A presença do filho vegetativo de Odete adiciona um peso emocional que eleva a história além do mero “crime de novela”. No fim, o que importa é que a gente segue acompanhando cada pista, como se fosse um reality policial.
Raphael Dorneles
outubro 19, 2025 AT 20:20Concordo com o ponto de vista apresentado, e vejo que a combinação de nostalgia e inovação realmente cria um ritmo envolvente. A narrativa mantém o público atento ao equilibrar drama familiar e suspense investigativo. É bacana observar como cada personagem ganha mais profundidade ao longo dos episódios.
Silas Lima
outubro 25, 2025 AT 20:47Devo dizer que a forma como a trama explora a ambição desenfreada dos executivos reflete bem os dilemas éticos que vemos na vida real. Quando o poder se sobrepõe ao respeito humano, o resultado costuma ser tragédia, como demonstra a morte de Odete. Essa história serve de alerta para que não nos deixemos levar apenas pelo lucro a qualquer custo.
Bruno Boulandet
outubro 31, 2025 AT 21:13Pra quem ainda tá perdido na trama, vale ficar de olho nas cenas de segurança que aparecem nos episódios 163 e 164. Elas dão pistas cruciais sobre quem tava perto da suíte da Odete.
Luara Vieira
novembro 6, 2025 AT 21:40Se refletirmos sobre o simbolismo da morte de Odete, percebemos que ela representa a ruptura entre o antigo patriarcado corporativo e a nova ordem de transparência que a novela tenta instaurar. Cada suspeito encarna um aspecto da luta pelo controle de poder, sugerindo que o verdadeiro assassino pode ser a própria estrutura que permite tais conflitos.
Tais Tais
novembro 12, 2025 AT 22:07É interessante notar como a novela aproveita referencias culturais brasileiras, como a referência ao Jardim Botânico da Globo, para criar uma sensação de autenticidade histórica. Essa estratégia reforça o vínculo emocional dos telespectadores com a narrativa.